Fim de ano - Animes favoritos

Fim de ano... sim, FIM. A palavra que assusta a todos, sempre possui uma conotação negativa, fazendo muitos pensarem em “morte”, ou coisa parecida. Muito bem, em pouco tempo estaremos comemorando a morte de um número (2011). Espero que todos tenham aproveitado bem o ano pessoal e profissionalmente. Caso contrário, posso desejar que tenha assistido algumas séries boas para afogar as magoas. Se nem isso o salva, meu caro (e único) leitor, só me resta falar o que eu vi de interessante no ano.

Estava com receio de escrever este post, já que não vi tantas séries quanto gostaria. Mas após uma breve conversa (duas linhas) com o Doutor Carlírio (do blog parceiro: NETOIN) resolvi escrever e comentar o que me chamou atenção no decorrer do ano, afinal, “há uma gama considerável de possibilidades...^^” (Por Carlírio Neto).

Antes de colocar a lista, aviso que isto não é um “Top” (Top 5, top 10, top 20, ...). Não sou muito de rotular séries como “melhor” e “pior”. Também não sou uma pessoa organizada e não tenho preferência de série,pelo menos não neste ano, então não liguem se a lista estiver um tanto quanto aleatória.

Nota: Farei comentários crus, não resenhas. Para os que não desejam spoilers, evitem a parte “opinando”.

Hourou Musuko

Sobre:

Adaptação de um mangá de mesmo nome e representando a temporada de inverno do ano. Hourou Musuko não foi recebido muito bem pelo público em geral. Nem sua produção (animação, trilha sonora, dublagem) impecável conseguiu amenizar o efeito de seu tema, o travestismo, que é espinhoso e polêmico.

Opinando:

Acredito que muitos não foram muito adiante com o anime pelo fato do tema ser automaticamente associado ao “homossexualismo”, não vou discutir se isso é certo ou errado, mas creio que um dos pontos do anime é justamente contrariar esta premissa. Apesar de o casal principal ser um par de travestis, um garoto (Nitori) e uma garota (Takatsuki), em momento nenhum o enredo os coloca como homossexuais, tanto que um deles até chega a namorar alguém do sexo oposto, e não é só de fachada, são sentimentos claramente sinceros.

Ano Hana

Sobre:

Durante a temporada de primavera, a expectativa de muita gente era que “Hanasaku Iroha” seria o drama da vez, mas AnoHana, sem dúvida nenhuma, roubou a cena. Logo em seu primeiro episódio, já conseguiu tirar lágrimas de muita gente, tudo isso abordando um tema já batido no mundo dos animes: a “Amizade”. Só que no caso temos uma história com personagens bem esféricos, salvo Meiko(Menma), a protagonista consideravelmente idealizada.

Opinando:

Gostei da série inteira, mesmo com a mudança repentina no clima dela durante o último episódio. De fato aquele efeito “novela Mexicana” ocorrido no último episódio foi desnecessário, mas, de certo ponto de vista, não foi totalmente incoerente. Digo isso, pois ver o grupo de amigos soltando todos os sentimentos, que guardaram e esconderam no decorrer da história, já era algo que eu esperava. Só não sabia que seria em um único momento. Enfim, sofre um desvio indesejável em seu fim, mas ainda sim, é um dos animes que mais apreciei no ano.

Hanasaku Iroha

Sobre:
Foi muito esperado, sendo uma série comemorativa para o estúdio PA Works, que vem mostrando ser capaz de se igualar tecnicamente com o grandioso Kyoto Animation (Clannad, Kanon, Air). Porém, o que mais se ouviu no fandom no decorrer da sua exibição foram elogios com relação à parte técnica (músicas, animação, etc), realmente muito boa, tanto que, para muitos, deixou a história e os personagens para trás.

Opinando:
Pode ter perdido lugar para AnoHana, mesmo assim senti muito prazer em acompanha-la do começo ao fim. A trama é simples, mas não chega a ser ruim. Basicamente vemos a Ohana, protagonista da história, tentando se adaptar ao novo estilo de vida e deixar a vida que tinha para trás. Pode parecer banal, mas funcionou comigo, acho que todo mundo que sofre alguma mudança inevitável no modo de viver deve se sensibilizar e simpatizar, nem que seja um pouco, com a moça.

Tiger And bunny

Sobre:
Mais uma produção do estúdio Sunrise (Gundam). A história se passa em uma sociedade onde surgiram os NEXTs, pessoas com super poderes e que, em muitos casos, arrumam o EMPREGO de super-herois (“hero”). Eles são acompanhados pela “Hero TV”, uma espécie de reality show que acompanha os feitos os crimes resolvidos, com o intuito de avaliar a popularidade de cada um.

Opinando:
Pessoalmente não fui muito fan deste no começo. Principalmente por causa da primeira cena de 10 minutos, onde meia dúzia de heróis perseguem, sem muito sucesso, 3 bandidos. Sendo sincero, eu o dropei no segundo episódio. Mas por insistência de meu colega Jeguy Hope (sou muito grato a ele), voltei a vê-lo mais tarde e não me arrependi. Após uma longa apresentação de cada herói, aparecem desafios verdadeiros à DC Comics, inclusive um que até chega a questionar a carreira de “hero”. Além disso, o personagem Kotetsu, protagonista do anime e figura paterna do grupo, merece destaque, sem dúvidas o mais carismático do anime, e candidato a favorito do ano.

Usagi Drop

Sobre:

O queridinho da temporada de verão. Conta à história de Daikichi, um homem solteiro, que resolve cuidar de Rin, filha ilegítima de seu avô. O anime acompanha a rotina dele tentando se adaptar a vida de “pai solteiro”, ao mesmo tempo em que procura a verdadeira mãe de Rin.

Opinando:

É um anime “fofo”, mas que mostra também as dificuldades de cuidar de uma criança. Por mais graciosa, educada e compreensiva que Rin seja, o “serviço” não é fácil. Daikichi precisa abrir mão de boa parte de sua carreira profissional e vida pessoal para dar a devida atenção à garota, pensando as vezes que isso possa ter sido um sacrifício, mas nunca se arrependendo. Digo que me fez lembrar o tempo em que assisti o arco da Ushio em Clannad After Story. O melhor em minha opinião.

Mashiro-Iro symphony

Sobre:

Adaptação de uma Visual Novel homônima e, como de costume, conta a rotina de um garoto(Shingo Uryu) rodeado por garotas que se apaixonam por ele e disputam seu amor (Harem). O cenário da história é o colégio feminino Yuijo, que recemente se juntou ao colégio misto Kagamidae, o que causou certos problemas internos e opiniões contra o acordo, principalmente de Airi Sena, filha da diretora e que mostra certa desgosto por garotos.

Opinando:

Por que eu coloquei um harém como favorito? Eu digo que é um gênero bem previsível de maneira geral, visto que sempre há uma heroína principal, aquela que recebe maior atenção no enredo e que, com certeza, ficará com o protagonista. No caso, Mashiro-iro consegue surpreender a partir de sua segunda metade, quando a história para de seguir o óbvio e nos deixa sem saber o que acontecerá no próximo episódio. Pode ficar para trás de muitas outras, mas para o gênero, considerei uma das melhores que já vi. Só acho que falhou um pouco nos personagens, acredito que não demorará muito até que os fans não lembrem nem de seus nomes.

O que faltou na lista?

Sei que eu não citei a série que muitos colocaram como a do ano, Mahou Shoujo Madoka Magika. Digo que foi uma série excelente, possivelmente muito melhor que as poucas que eu citei aqui, mas como só a assisti uma vez e não entendi todo o enredo, preferi não a colocar, já que não estaria levando em conta 100% de sua grandiosidade.

Outras como Steins;Gate, baka test, Kami nomi zo shiru sekai, Ikoku Meiro no Croisee, etc, passaram em minha cabeça para colocar na lista também, mas não teria muito o que dizer sobre estas.

Queria ter colocado Nichijou na lista, mas ia ficar muito longo o post, então deixei para outra ocasião.

Bem, é isso, meu ano não foi grande coisa, mas deu para assistir algumas séries legais, espero o mesmo de todos os meus companheiros leitores.
Feliz ano e boas festas para todos.