Dia dos Pais - 2011

Grande dia, como qualquer outro comemorativo, onde muitos já estão fazendo planos para sair com a família no domingão ou fazer um grande almoço em casa para homenagear o pai, e é claro que poucos, como é o caso do leitor deste post, estão pensando que é um domingo qualquer e se encontram, desesperadamente, até entrando em blogs desconhecidos com nomes estranhos (“não me olhem assim”). 

Pois é, amanhã é o grande dia do patrão, e não poderíamos ignorá-lo assim, principalmente por já termos falado do dia das mães. Comercial ou não, esse dia é importante, e não é porque damos presentes para o papai usando o dinheiro DELE, é para refletirmos sua importância em nossas vidas. Seguindo o senso comum, pai é a figura na casa que reflete a imagem de “disciplinador”, aquele que, segundo a psicologia, é o primeiro a negar um pedido nosso. Resumindo em poucas palavras, é quem nos coloca na linha. É claro que todo caso é um caso a parte, mas, genericamente, a ideia é essa.

Em animes, ao contrário das mães, que, de uma maneira geral, seguem um padrão de comportamento parecido, os pais são mais imprevisíveis, sendo compreensivos ou rígidos demais; distantes ou próximos; frios ou animados, e em certos (muitos) nem aparecem.  Há muitos deles para se citar, e como o espaço é pouco, comentarei apenas de séries desse ano, e aproveito para deixá-las de recomendação para o pessoal que for ficar em casa o domingo inteiro, e se seu pai for tolerante com relação a isso, assista com ele.

Sugestões:

Mahou Shoujo Madoka Magika (Temporada de inverno):

Talvez a série mais famosa do ano até o momento, sendo o anime do gênero Mahou Shoujo  mais sombrio feito nos últimos anos, ele surpreendeu em quase tudo, diria eu que até mesmo na figura do pai na casa de Madoka, Tomohisa Kaname, um DONO DE CASA que aceita sem hesitação alguma inverter os papeis com a esposa, algo interessante de se ver em um anime, já que a sociedade japonesa é marcada por uma cultura essencialmente patriarcal.

 Ano Hi Mita Hana no Namae o Bokutachi wa Mada Shiranai (primavera):

A série queridinha da temporada anterior que se destacou por ter abordado um tema cliché de maneira mais delicada que o normal. Apesar de não fazer parte do elenco principal, o pai de Jinta, o antigo líder dos “Caçadores da paz” (ou coisa parecida), mostrou ser um homem compreensivo no momento mais difícil da vida do filho e deu o tempo necessário para que este pudesse superar esta fase.

Tiger and Bunny (primavera):

Eis a série de super heróis não muito bem recebida (ao menos pelo público brasileiro), mas que mostrou em seu desenvolvimento ser mais que uma mera série de ação à power rangers, mostrando problemas familiares na vida dos heróis, em especial do protagonista Kotetsu, que devido a sua condição de herói, um emprego no anime, acabou deixando a filha Kaede sob os cuidados da avó, o que resultou num distanciamento entre os dois. Apesar do aparente drama desta família, o anime trata disso de maneira bem sútil e acaba convencendo o expectador sem apelar.

Usagi Drop (Verão)

Assim como AnoHana estava para a temporada de abril (primavera), Usagi Drop está para julho (verão), apesar de tudo, a relação de Rin e Daikichi, ao menos no anime, é de pai e filha, possuindo uma das relações mais fofas do ano, mostrando as dificuldades do homem ao tentar aprender a cuidar de uma criança que não é filha de verdade, algo que relembra bastante o clássico Aishteiruze Baby e, para quem quer um exemplo Hollywoodiano, o famoso Kramer Vs Kramer do grande Dustin Hoffman. Sem dúvidas um anime imperdível para os amantes do gênero.

Apenas comentando:

Para os exigentes, deixo duas séries do ano que possuem um pai de peso no enredo, mas sugiro que não as assista visando melhorar a imagem que tem de seu pai:

Gosick(inverno):

Série do estúdio Bones (mesmo de Fullmetal Alchemist) de mistério que foca no casal Victorique, uma garota pequena com um intelecto acima do normal, e Kujo, um japonês um tanto quanto devagar mas que cumpre com sua palavra. Em Gosick temos o pai malvado de Victorique, Albert de Blois, um homem ganancioso que nunca tratou a pequenina como filha e apenas a criou para alcançar seus objetivos políticos.

Ore no imouto ga konna ni kawaii Wake ga nai:

A série é do ano passado, mas oficialmente a história só acabou este ano. Não recomendarei pela possibilidade de causar tumulto, mas tenho que dizer que Daisuke Kosaka, pai do casal da série, é a representação caricata do pai conservador que é contra hobbys estranhos do filho, tanto que Kyousuke teve que fazer uma das cenas mais hilárias para evitar que o velho destruísse as coisas de sua irmãzinha.

Isso é tudo, para todos, um bom dia dos pais.