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22 maio 2011

Ontama! (ONA)


- Nome: Ontama
- Autor da obra original: Noboru Maeda
- Estúdio: Encourage Films
- Diretor: Oizaki Fumitoshi
- Ano de estreia: 2009

Prós:
- História curta, mas competente;
- Viagem no tempo, comédia romântica e personagens fofas...;

Contras:
- Viagem no tempo, comédia romântica e personagens fofas...;
- Buracos no enredo;
(O que é bom para uns, não é para outros!)


A viagem no tempo é um tema muito explorado nas histórias de ficção, seja no cinema norte-americano, com o diário de Evan (Ashton Kutcher) em “Efeito Borboleta (2004)” ou no imortalDeLorean pilotado por Marty Mcfly (Michael J. Fox) no clássico da década de 80 “De volta para o futuro” (1985), ou no mundo da animação japonesa, com os famosos saltos no tempo de MakotoKonno em “Toki wo Kakeru Shoujo” (2006). Eu poderia passar o dia inteiro falando de todas as séries que abordam o assunto, mas o meu foco hoje é esse ONA de 5 episódios, lançado em 2009, chamado ONTAMA.


Baseado num manga de dois volumes publicado na Comic Yoshimoto e Comic Gum, Ontama é um anime de comédia romântica que procura misturar um tema sério e profundo como a viagem no tempo com a ingenuidade de uma criança. Funciona? Vamos à história.

Tamura Ichigo é uma estudante do ensino fundamental que não se dá bem com seu padrasto, Tamura Yuuji, pois acredita que ele faz sua mãe, Tamura Miyuki, infeliz. Um certo dia,Cappy, um jovem de cabelos grisalhos aparece e lhe dá a chance de voltar no tempo (não tente entender a razão ou modo), e ela aceita, acreditando poder encontrar seu verdadeiro pai e fazer com que ele e sua mãe tenham um final feliz. Chegando lá, e após uma cômica (e surreal) cena de encontro com seu jovem pai, Hikami Kyousuke, Ichigo passa a fingir ser sua irmã (Não tente compreender como, estará perdendo seu tempo).


Fala-se que não é o objetivo (destino) de uma viagem que importa (no caso, alterar o passado e consequentemente o presente), mas sim sua jornada, onde o/a aventureiro(a) aprende ou descobre algo que ficará marcado para o resto de sua vida. No caso, ao contrário de muitas obras sobre a viagem no tempo, que exploram as terríveis consequências da alteração de fatos passados, a viagem de Ichigo (e não de Chihiro) faz com que ela comece a questionar suas certezas. Afinal, seria Yuuji, seu padrasto, uma versão masculina da madrasta de “Cinderela”? Sendo o seu verdadeiro pai, Kyousuke, um homem tão bom, por que sua mãe e ele não tiveram o tal final feliz?


A história é curta (5 episódios de aproximadamente 12 minutos), mas divertida e relativamente desenvolvida nesse pouco tempo. Há buracos no enredo, mas nenhum que comprometa seu andamento. Como nem tudo é perfeito, existem cenas que não se encaixam na história (episódio 2 que o diga) e apenas ocupam espaço (tempo).

As personagens, apesar de artificiais em certos momentos, são divertidas, salvo Momoka, Hikari e Daisuke, três pessoas do passado que fazem graça no meio da história com diversas referências a Tokusatsu (algo muito próximo do que conhecemos aqui como Power Rangers), que em certos momentos parecem estar lá apenas para ocupar espaço no cenário. Falando dos protagonistas, temos Ichigo, cuja maturidade é incoerente em certos momentos considerando sua idade, mas ainda sim, convence que é uma criança, e temos também o triângulo amoroso, que é o centro das atenções e rende diversos risos ao espectador.

A trilha sonora é esquecível (principalmente a abertura e encerramento), com exceção de uma ou duas músicas que tocam nos últimos episódios. A animação é boa para uma série de internet, com o uso de cores com pouco contraste e que parecem se misturar (lembrando muito os desenhos mais antigos, falando no bom sentido) e o traço das personagens não é nada incrível, o rosto deles é arredondado e bochechudo, ou seja, “moe”.


Ontama é um anime divertido, fácil e rápido para assistir, escolha perfeita para os fãs de comédias românticas que possuem pouco tempo em sua agenda ou mesmo alguém querendo descontrair um pouco e ver algo leve.
Obs: Para os amantes de viagem no tempo, não espere nada muito complexo ou profundo.

Tamura Ichigo
Tamura Yuuji
Tamura Miyuki
Hikami Kyousuke

Sobre o post:
- Autor: Kico7 (eu)
- Editor: Jeguy Hope

Um comentário:

  1. Saudações a Kico7!

    E lá vai a "viagem no tempo",um dos recursos mais usados em Sci-Fi.Mas o que importaria mesmo é a forma como é usada não é mesmo?
    Neste enredo há alguns viéses de reflexões com consideráveis potenciais : aprendizado com as experiências e não simplesmente com a alteração dos fatos,separação entre os pais,maturidade variável(o que dá certa credibilidade/senso de realidade) etc.
    No enredo,talvez os seus "furos" se devam por se passar na perspectiva proposta de Tamura Ichigo(Creio eu) ou também pelo público alvo pretendido.É ver para considerar melhor os acontecimentos,tais quais: os meninos brincando de Super Sentai(algo que deveria ser "in" na época);distração infantil com o foco(como no segundo episódio);acreditar em estranhos(Ela tinha lá "seus bons motivos");fingir ser irmã do pai para forçar intimidade como uma mentirinha fraca de infantes etc.
    Quanto a animação,se pensar na percepção da protagonista ser infantil e nos espectadores mais prováveis faz sentido e não inspira uma grave aversão.
    Quanto a opening é um J-Rock para uma animação também cheia de ação.Nada mal!
    Quanto a série,se comprar o "produto" como uma forma de questionamento da validade de certas escolhas com uma idealização infantil que possamos ter das consequências de algumas decisões tomadas ou apenas muita fofura do Moe é provável que valha a pena.Daí cabe a pessoa decidir se comportar como Tamura Ichigo antes ou então enquanto passa pela viagem no passado(Somente 2 hipóteses de 'prismas' a se pensar).

    Nota: A quem se interessar ainda estão disponíveis no YouTube =>
    * Op_Miracle Upper WL by Masami Okui & May'n(http://www.youtube.com/watch?v=kwdsVbVwWUg);
    *PV da OP que não faz feio(http://www.youtube.com/watch?v=SVwYqihHpcE);
    e esta versão relacionada ao ONA que não sei muito bem do que se trata,porém parece um curto preview/AMV,sei lá! (http://www.youtube.com/watch?v=wc9gR5gpmg4)

    Quanto ao seu post,boa descrição de um modo geral;além de boas comparações e certa irreverência.Só discordei da abertura(Se o Youtube não me enganou)a canção não é de nenhum "Hanbun no Sora[Digo isto pela comparação com a duração da animação]",contudo não é tão 'esquecível' assim. :P

    Bye..!

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