Ore no Imouto Ga Konna ni Kawaii Wake Ga Nai (TV)

- Título: Ore no Imouto Ga Konna ni kawaii wake ga nai

- Autor da obra original (light novel): Tsukasa Fushimi

- Estúdio: AIC e Aniplex

- Diretor: Hiroyuki Kanbe

- Ano de estreia: 2010

Tudo começa numa linda manhã. Kousaka Kirino, uma linda jovem de 14 anos, resolve fazer o seu papel de irmã mais nova e vai acordar seu irmão mais velho, Kousaka Kyousuke. Depois de fazer um adorável discurso, ele a segura pelo braço e diz “Você é falsa!”. É assim que começa “Ore no Imouto ga Konna ni Kawaii Wake ga nai” (ou “Oreimo”), um dos animes mais “polêmicos”, digamos assim, da temporada de outono de 2010.

Adaptado da Light novel homônima escrita por Tsukasa Fushimi e animado pelo estúdio AIC, “Oreimo” foi uma das séries mais esperadas na temporada de seu lançamento, sendo uma mistura entre “moe” e cultura otaku. A animação parecia um prato cheio para entreter o vasto público, porém o resultado foi (muito) diferente do esperado e aparentemente o anime não agradou a todos.

Kyousuke é um jovem de 17 anos vivendo sua vida pacata ao lado de sua amiga de infância Manami. Kirino é sua irmã caçula, popular na escola, modelo, boa nos esportes, enfim, uma garota exemplar. O relacionamento entre os irmãos é ruim, e aparentemente Kirino o ignora há mais tempo do que ele possa se lembrar.

Certo dia, após uma série de eventos desgostosos em seu dia, Kyousuke encontra uma capa de DVD no carpete de sua casa. Seu conteúdo? “Magical Witch Meruru”, um anime Mahou Shoujo com conteúdo impróprio para menores de 18 anos. Mesmo que assustado com o que viu, nosso herói tenta descobrir a quem o DVD pertence, já que tal objeto é rigidamente proibido em sua casa. Ao final desse dia, ele descobre que o culpado é ninguém menos que sua irmãzinha, e é partindo desse ponto que as aventuras de Kyousuke e sua irmã começam.

A relação dos dois é o maior foco do anime. Tal relação é explorada em arcos, cada um com uma “aventura” diferente, geralmente mostrando Kirino tendo problemas e Kyousuke tendo de intervir para ajudá-la. Num primeiro momento, temos Kyousuke ajudando Kirino a encontrar amigos com quem possa conversar sobre seu hobby, que é considerado estranho pelas pessoas mais conservadores, inclusive seu pai . (Qualquer semelhança com o anime “Nogizaka Haruka no Himitsu” é mera coincidência.)

O primeiro arco é extremamente agradável de assistir. Vemos diversas discussões entre Kirino e Kyousuke, que rendem boas risadas e somos apresentados a um clímax (digno de último episódio) que se encerra de maneira inteligente e dá aquele gostinho de “fim”. É depois disso que as coisas desandam, uma vez que nada de novo é apresentado. Kirino e Kyousuke são personagens extremamente planos, ou seja, imutáveis, ela continua agressiva até o final e ele submisso a ela (com algumas raras exceções). Temos certos episódios onde a aparição de outros personagens quebram o gelo, como Kuroneko e Saori. Elas são as amigas otakus que Kirino conhece no começo da série, que são respectivamente uma “Gothic Lolita” e uma “Nerd” (no figurino apenas). Outro personagem que também quebra o gelo é Manami, a amiga de Kyousuke que lembra muito uma velhinha no corpo de garota, tentando sempre agradar o protagonista com seu jeito devagar de falar. Mesmo assim elas não cobrem o vazio deixado pelos protagonistas.

Os arcos seguintes são repetitivos, onde na grande parte das vezes, vemos apenas Kyousuke se humilhando para ajudar sua irmã que (quase) nunca demonstra gratidão. Dentre o enredo dos arcos, temos um anime em produção, um concurso de talentos otaku, uma visita a casa de Manami, entre outros. Apesar de divertidos, são previsíveis e perdem a graça facilmente.

Sobre o aspecto técnico, a animação faz uso de cores vivas e alegres e grande parte dos personagens são “bochechudos”, traço convencional de personagens “moe”, o que pode ser um ponto positivo para uns e negativo para outros. A música de abertura (Opening, OP) possui uma melodia alegre e sua letra procura transmitir os sentimentos de Kirino (não muito bem desenvolvidos no anime pelo jeito). As endings (EDs) mudam a cada episódio, sendo cada uma delas cantada pelas seiyuus das personagens femininas (com exceção dos episódios 1 e 3 cuja OP é usada como ED).

O anime foi muito aguardado pela sua suposta proposta, explorar o mundo otaku num ambiente moe. E apesar de ter começado bem, o enredo perdeu o seu rumo no meio de seu suposto desenvolvimento e seus personagens perderam “charme” muito rápido devido à sua personalidade estática. Se você busca uma comédia com tendências para o drama sem compromisso, (paradoxal?!) Oreimo é um prato cheio. Porém, não espere nenhuma grande virada no enredo ou dramas de arrancar lágrimas como o anime “Hourou Musuko” (Que é do mesmo estúdio).

(Propaganda da light novel? Com certeza!)

Manami Tamura

Kuroneko/Ruri Gokou (a do centro)

Saori Makishima

Gostou? Assista também:
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- K-ON
- Lucky Star